Tanzânia
País de duas grandes religiões monoteístas, cristianismo e islamismo, há em suas ilhas, Zanzibar e Ilhas Pemba, um forte impulso islâmico para transforma-las na "Casa do Islã".
A Igreja e a Perseguição Religiosa
A Igreja
O cristianismo chegou à Tanzânia em 1499, através dos portugueses com a finalidade de dominar os portos e o transporte marítimo no leste da África. Logo após sua chegada os portugueses trataram de introduzir as missões católicas no país com a finalidade de evangelizar os nativos. Mesmo após a saída dos portugueses, duzentos anos depois, e sem nenhuma igreja para se reunirem, alguns cristãos permaneceram no país.
Em 1844, os missionários e exploradores alemães, Johann Krapf e Johan Rebmann, chegaram à área como representantes da Sociedade da Igreja Missionária, fundada na Inglaterra. Desde aquela época até hoje, a Igreja foi estabelecida, mas nunca cresceu. Isso aconteceu por causa da presença histórica do islâmismo.
Em 1844, os missionários e exploradores alemães, Johann Krapf e Johan Rebmann, chegaram à área como representantes da Sociedade da Igreja Missionária, fundada na Inglaterra. Desde aquela época até hoje, a Igreja foi estabelecida, mas nunca cresceu. Isso aconteceu por causa da presença histórica do islâmismo.
A perseguição
Segundo estudos, a Tanzânia tem uma população de maioria cristã (62%), contra uma população muçulmana de (35%), porém o fato de ser uma religião majoritária no país não impediu que a perseguição religiosa aumentasse. Contudo, o arquipélago de Zanzibar (região semiautônoma) que pertence à Tanzânia, tem uma população esmagadoramente muçulmana (97%). A situação é muito pior no país para os ex-muçulmanos e os cristãos, de maneira geral, são vítimas de frequentes hostilidades, particularmente nas áreas denominadas muçulmanas. Nessas áreas, os cristãos migrantes ("Cristãos Migrantes" são os cristãos que vêm de outras partes do país, e se instalaram em áreas de maioria muçulmana) enfrentam muita hostilidade. Tudo isso tem produzido um quadro múltiplo de unidade islâmica para fazer da Tanzânia a “Casa do Islã”, isso significa: (1) promover a disseminação do Islã (extremista) no continente através de uma combinação de ações terroristas e infiltração estratégica nos principais setores da sociedade; (2) separar Zanzibar e as Ilhas Pemba da Tanzânia continental para tentar reviver o sultanato de Zanzibar, incluindo a área costeira da Tanzânia, e a zona costeira do Quênia.
A pressão que os cristãos enfrentam na Tanzânia é muito menor na esfera privada e familiar do que na comunitária, tanto como indivíduos quanto como Igreja. Talvez isso ajude a compreender por que a hostilidade contra ex-muçulmanos no país não é tão extrema quanto em outros países. A perseguição na Tanzânia não é um fenomeno nacional, já que o governo não tem o Islã como sua religião oficial, mas se dá em áreas majoritariamente islâmicas do país como Zanzibar e Ilhas Pemba.
Em Zanzibar houve uma série de atos violentos liderados pelo movimento radical jovem “Vugu vugu la uamsho” que pode ser traduzido como “Movimento de Avivamento pela Preservação do Islam”. Esse grupo, apoiado por lideranças muçulmanas, causou violência e destruição de igrejas e suas propriedades. Muitos cristãos foram mortos.
O que se pode esperar para o futuro da Igreja na Tanzânia? Colaboradores de campo da Portas Abertas observam: "Tendo visto a agressividade com que os muçulmanos estão trabalhando no sentido de rever a Constituição do país, muitos cristãos estão com medo de que o país se torne um Estado islâmico. Eles disseram que os muçulmanos são muito unidos em suas agendas políticas, enquanto os cristãos ainda estão divididos. "Se o impulso para a divisão do país for bem-sucedido, a presença da Igreja em Zanzibar e nas Ilhas Pemba pode ser reduzida a (quase) zero. Para a Igreja, isso significa que tempos difíceis virão.
História e Política
País da África oriental banhado pelo oceano índico, a Tanzânia faz fronteira com Moçambique, Malauí, Zâmbia, Burundi, Ruanda, República Democrática do Congo, Uganda e Quênia. O nome Tanzânia é a junção da primeira sílaba de Tanganica - nome do grande lago da região, que significa "lugar do encontro das águas" no dialeto local - com a primeira de Zanzibar - nome do arquipélago no Oceano Índico defronte ao litoral do país e que significa "costa negra" em árabe. Não se sabe ao certo quem foram os primeiros habitantes das terras da Tanzânia, mas a descoberta de fósseis em um de seus vales atesta que a região foi ocupada há milhares de anos.
Os primeiros registros históricos de presença humana no atual país datam do século 7 d.C, quando comerciantes árabes chegaram à costa oriental da África e com eles levaram sua língua, religião e costumes. No final do século 15 os portugueses chegaram com suas grandes navegações, mas se estabeleceram ali por pouco tempo não obtendo êxito em seus planos de colonizar o país. Em 1884 os alemães conquistaram Tanganica (antigo nome do país) e a transformaram em sua colônia, mas após a 1ª Guerra Mundial, da qual os alemães saíram derrotados, o país passou a ser controlado pala Grã-Bretanha.
Tanganica tornou-se independente em 1961, e a ilha de Zanzibar em 1963. Em janeiro de 1964, uma onda de revoltas da população não muçulmana derrubou o sultão de Zanzibar e massacrou a sua comunidade árabe. Três meses depois Tanganica e Zanzibar se unem para formar a atual Tanzânia.
A Tanzânia ficou sob uma rígida ditadura de partido único de 1964 a 1995, neste ano foram realizadas as primeiras eleições democráticas da história do país.
A Tanzânia ficou sob uma rígida ditadura de partido único de 1964 a 1995, neste ano foram realizadas as primeiras eleições democráticas da história do país.
População
A Tanzânia é composta por mais de 120 diferentes grupos étnicos, destes o maior em número é o Sukuma que compõe aproximadamente 13% da população do país. A família exerce uma função primordial na sociedade do país, os anciãos são muito respeitados e às vezes venerados por representarem sabedoria. A expectativa de vida no país é de apenas 53 anos, e somente 63% da população é alfabetizada, além do alto nível de desnutrição infantil que chega aos 17%.
Econômia
A Tanzânia é um dos países mais pobres do mundo em termos de renda per capita, no entanto, a média de crescimento do PIB foi de 7% ao ano entre 2000 e 2008, com a forte produção de ouro e turismo. A economia depende fortemente da agricultura, que responde por mais de um quarto do PIB, 85% das exportações, e emprega cerca de 80% da força de trabalho.
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